(por Welis Couto)
(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)
O título é instigante e poderia nos remeter às aves migratórias ou seria uma revoada para alguma árvore frondosa em final de tarde? A dúvida se desfaz logo nas primeiras linhas. Pássaros do entardece é ave de arribação sem rumo e sem destino. Ou melhor, com rumo certo em direção a São Paulo, mas com destino bastante incerto e conturbado; porém, com uma única certeza: a esperança do
retorno ao ninho de origem.
Antônio FJ Saracura nos conduz a essa epopeia do povo de Itabaiana, cidade do interior sergipano, mais precisamente, a história de um destemido Zé de Ulisses, determinado a vencer na vida, com um olho em São Paulo, mas com os pés fincados em Terra Vermelha.
A prosa leve de Antônio FJ Saracura garante o prazer da leitura das quase 300 páginas de Pássaros do Entardecer. Uma leitura muitas vezes entremeada com trechos líricos, outras vezes tensos ou divertidos.
O escritor, que relata ter começado tarde sua labuta no caminho da literatura, já nasceu pronto. A leitura é fluida e cativante prendendo o leitor desde as primeiras linhas. A história nos conduz a um Brasil dividido entre a riqueza e a pobreza, o luxo e a esperança, a força dos que mandam e a determinação dos que lutam. Mas, há também aqueles que se solidarizam com os retirantes.
Os embates nas terras roxas, os romances de beira de estrada nas intermináveis viagens e o amor, que poderia ser para sempre, roubado na colheita do algodão não passam despercebidos pelo autor. Aliás, que lugar seria mais propício para se roubar uma amada que o reservado para os finos fios brancos do
algodão onde se formaria a tessitura de uma longa existência?
Pássaros do Entardecer é livro para ser lido em único fôlego e pode desde já ser elevado à categoria dos consagrados porque terá vida longa, assim como a tem Zé de Ulisses, o protagonista dessa história.
(Welis, escritor, Monlevade, MG)
O título é instigante e poderia nos remeter às aves migratórias ou seria uma revoada para alguma árvore frondosa em final de tarde? A dúvida se desfaz logo nas primeiras linhas. Pássaros do entardece é ave de arribação sem rumo e sem destino. Ou melhor, com rumo certo em direção a São Paulo, mas com destino bastante incerto e conturbado; porém, com uma única certeza: a esperança do
retorno ao ninho de origem.
Antônio FJ Saracura nos conduz a essa epopeia do povo de Itabaiana, cidade do interior sergipano, mais precisamente, a história de um destemido Zé de Ulisses, determinado a vencer na vida, com um olho em São Paulo, mas com os pés fincados em Terra Vermelha.
A prosa leve de Antônio FJ Saracura garante o prazer da leitura das quase 300 páginas de Pássaros do Entardecer. Uma leitura muitas vezes entremeada com trechos líricos, outras vezes tensos ou divertidos.
O escritor, que relata ter começado tarde sua labuta no caminho da literatura, já nasceu pronto. A leitura é fluida e cativante prendendo o leitor desde as primeiras linhas. A história nos conduz a um Brasil dividido entre a riqueza e a pobreza, o luxo e a esperança, a força dos que mandam e a determinação dos que lutam. Mas, há também aqueles que se solidarizam com os retirantes.
Os embates nas terras roxas, os romances de beira de estrada nas intermináveis viagens e o amor, que poderia ser para sempre, roubado na colheita do algodão não passam despercebidos pelo autor. Aliás, que lugar seria mais propício para se roubar uma amada que o reservado para os finos fios brancos do
algodão onde se formaria a tessitura de uma longa existência?
Pássaros do Entardecer é livro para ser lido em único fôlego e pode desde já ser elevado à categoria dos consagrados porque terá vida longa, assim como a tem Zé de Ulisses, o protagonista dessa história.
(Welis, escritor, Monlevade, MG)

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