quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

CLEIBER VIEIRA FAZ RESENHA


CLEIBER VIEIRA FALA DE PÁSSAROS 

















(foto ilustrativa do acerco de 
O Escritor na Livraria) 





Pássaros do entardecer, a mais recente obra do contista, ficcionista e romancista Antônio Francisco de Jesus Saracura, traz sonoridade expressiva e belíssimas figuras de linguagem, cujo universalismo revela os costumes do povo da zona rural de Itabaiana, em um estilo universal. 

Carrega no seu bojo, aspectos do realismo, e costumes e conflitos, afirmando a supremacia dos fenômenos objetivos e sobre as experiências subjetivas do homem da microrregião do agreste sergipano, penetrando na estrutura essencial das personagens, tendo como alicerce obras de escritores do século XIX, a exemplo do russo Nikolai Gogol, do francês Gustave Flaubert e ainda do realismo kafkiano, romancista e não filosófico, guardando-se o abissal distanciamento. Talvez tudo isso se apresente ao escritor inconscientemente, ainda que seja lembranças de leituras e vivências passadas.

No Brasil, o principal representante do realismo foi o poeta e romancista Machado de Assis. Nele o realismo realizou-se com perfeição, principalmente em memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). O outro, mais recente, é Graciliano Ramos, que fez opção crítica pelo realismo e pela tradição clássica da língua portuguesa.  

Saracura torna-se, com esta obra, o mais importante representante da estética realística da atual literatura sergipana por nos mostrar em sua obra como um todo, alegorias religiosas, psicológicas, sociológicas e políticas fortes. Recomendo a leitura.

Meu abraço e meu respeito!

(Cleiber Vieira é presidente da Associação Sergipana de Imprensa e da Academia Maçônica Sergipana de Letras Ciências e Letras).  
      

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