quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

JERÔNIMO PEIXOTO FALA DE PÁSSAROS


JERÔNIMO PEIXOTO FALA DE PÁSSAROS















(Foto ilustrativa do acervo de 
O Escritor na Livraria)

(Publicado no wsap em 2019de29)





Meu Caro e Nobre Tabaréu,

Estava em dívida com o amigo, confesso, por não manifestar uma opinião sobre os PÁSSAROS DO ENTARDECER.

Ei-la:


Sem desmerecer as demais obras todas de alto gabarito, PÁSSAROS do ENTARDECER apresenta um escritor catedrático, maduro, com excelente carga de concatenação entre os capítulos, com uma dose certa de drama, sensualidade, lirismo, comédia, com delimitações geográficas precisas.


O autor criou Zé de Ulisses, fazendo dele um desbravador de aventuras, embora honesto e ordeiro, com um tom de ensimesmado de quem faz o melhor.
Os deslizes do genitor fazem-se moderadamente presentes em sua inquietação de ir e vir.
As idas e vindas de Zé de Ulisses eram por enfrentamento das dificuldades, e as de seu pai, por gostos aventureiros outros, afeitos à boemia e ao desfrute.
Omerin, um grande poeta, embora rudemente analfabeto, representou muito bem a variedade sem fim dos cantadores, apoiadores e versejadores, poetas portas de mão cheia (lembrei-me de Jerônimo Peixoto, de Basto), que infelizmente não têm a mesma sorte do meio irmão do protagonista.

As agruras do Campo, no solo itabaianense ou nas plagas do Sudeste e do Sul, são contempladas com um realismo destemido. Não é fácil comer extraindo o alimento da Mãe terra. Só os grandes exploradores obtêm sucesso nesse ramo.
A urdidura do texto, com início, meio e fim, dá amostra de que Itabaiana pariu mais um ilustre romancista, com stricto sensu.
Parabéns!
Fiquei de queixo caído!
Avante!
Feliz Ano Novo!

(por Jerônimo Peixoto, escritor itabaianenses).  

Xxx

(Resposta pelo autor no wsap):

"Epa! Você não me devia nada e pagou um caminhão cheio de fortuna literária. E não vou devolver. Agora vou usufruir, pois é minha. Obrigado, Gerônimo, pela gentileza e bondade (lendo, avaliando e escrevendo considerações) em falar bem de Pássaros do Entardecer. Estou aqui de olhos molhados e coração apertado, com vontade de sair de porta em porta dizendo que valeu a pena todo o trabalho de escrever o livro e que todo mundo deveria ler.

Um grande abraço extensivo à esposa, filhos e a essa admirável tribo Peixoto. Bom ano novo!

Tonho Saracura


Enviado do meu iP

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