quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

NEUSA VIEIRA LIMA STEINBACH FAZ RESENHA


NEUSA VIEIRA LIMA FAZ RESENHA 

















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)







(2019nov08).

Depois de um tempo longe, mas não distante, volto hoje a escrever para amigas e amigos e a um amigo em especial, Antônio Francisco Saracura.

Não sou crítica de literatura. Literatura tem de mexer com o tempo; de fazê-lo palpável, presente, feito de assombrações diáfanas, no preenchimento de espaços não vividos, nos convidando à viagem pelas mesmas estradas a serem descobertas pelo "Pássaros do Entardecer".
Amigo Saracura, seu livro, "Pássaros do Entardecer," vem ratificar todo mistério do que é ser verdadeiramente escritor. Ser escritor é saber ver tempos, cheirá-los, misturar-se a sua poeira, vestir-se das roupas dos seus personagens se remendadas ou não; amaldiçoar Sol em céu sem nuvem; aplaudir enchentes na derrubação de casas feitas a sopapo; contemplar de cócoras, a brotação da semente que vingou; pegar, sem medo, mala das oropas no enfrentamento do desconhecido.

Obrigada, por me apresentar a Zé de Ulisses e ao cordelista Omerin. Não sei se percebeu, mas tem muito dos dois em você: do Zé de Ulisses carrega a inquietação emaranhada na alma de escritor; do Omerin a descoberta da palavra que acomoda todo o mundo em parágrafos enfeitados por períodos.

 Louvo o Pai. Louvo o Filho. Louvo Antônio Francisco de Jesus Saracura, pela ponga permitida nesse caminhão de Pássaros do Entardecer, que me fez mais saber dos filhos da Terra Vermelha que, se não tivessem a comichão desses pássaros abrindo asas ao sol depois da farinha feita, não seria Itabaiana, a Cidade dos Caminhoneiros.

Amigas e amigos de Itabaiana e arredores, o "Pássaros do Entardecer" faz de vocês o ponto de chegada. Vamos recebê-lo com agradecimento e aplauso ao grande escritor da nossa terra, Antônio Saracura.

(Neusa Vieira Lima: “Carta a minha mãe que não sabia ler” e  “Não é hora de correr para a caverna”).

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