quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

JOÃO GOMES BARRETO FALA BEM


JOÃO GOMES BARRETO FALA BEM




(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)


Primeiro ele me ligou na segunda pela manhã, estava lendo o livro e encantado. Falou que cada frase o levava a um mundo misterioso.
Hoje, dia 11 de dezembro as 13:15 horas, ligou-me, outra vez.




Eu estava em busca de meu carro no estacionamento do USE onde fora visitar de Lourival Rodrigues de Carvalho, um amigo de 91 anos que quebrou a perna e há três dias aguarda a vez de se operar. Chegara antes das onze mas perdi-me no emaranhado de padiolas da Ala Verde, além de me encontrar com um tal Fernando Nicolau, carreiro (talvez o último carro de boi em atividade em Sergipe), da Mangabeira, em Campo do Brito, que eu nunca havia visito. Nicolau sofreu um acidente de moto e estava agoniado para receber logo alta pois a fila de carreto estava grande o esperando.

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Encostei-me à sombra da última parede antes do escampado onde estava meu carro estacionado. O vento ali fazia corrupios impedindo-me ouvi bem o que falava João. Fiz de uma mão uma cuia, cobri o ouvido, dei costas ao nascente, e eliminei a interferência.

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“Seu novo livro, Pássaros do Entardecer, é bom demais. Acabei de ler. Muitas passagens me emocionaram, me divertiram, me deixaram em suspense. Olga está lendo, agora, e me chama a cada momento para me contar momentos grandiosos que eu já presenciara:  As mulheres nas roças de algodão, o amor puro nos bancos do pau de arara, o poeta Omerin e a sua princesa escandinava, Branca de Rufino. A morte de Aristides...
Escrita leve, simples, rica, gostosa. Palavras que criam imagens que não se apagam.
Pássaros do Entardecer é um belo livro, uma história que prende e que dignifica.
Esta é a sua grande obra, Saracura.  

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E na quarta-feira pela manhã, dia 16 de janeiro, João me telefonou outra vez. Eu estava no aeroporto providenciando o passaporte que venceu e planejo viajar este ano à Portugal, que não conheço. Uma força me puxa pra lá, talvez um ancestral com um prêmio ou castigo a me entregar.  

“Olga terminou de ler Pássaros. Riu demais, adorou cada capítulo. Eu e ela estamos de acordo que o autor conseguiu mostrar a nação desses heróis itabaianenses que   saem de seus povoados para dominar o mundo. O povo empreendedor de Itabaiana salta em cada página, em cada imagem descrita, nítido e encantador. Que é o povo sergipano, o nordestino, o brasileiro. Depende apenas das perspectiva de quem lê a obra de Saracura.  
Na minha última viagem, ao desembarcar no aeroporto do Rio de Janeiro, um rapaz estava sentado em um banco no hall de saída com um saco enorme ao lado e um jeito de gato perdido em mudança. Nem sei porque o olhei. Ele tinha a cara do povo de Itabaiana. Nem sei porque perguntei se era. Disse-me que era do Carrilho (povoado célebre para produção de castanha assada na brasa em Itabaiana), e o saco continha castanha de caju assada na brasa. Gastara 150 reais em excesso de bagagem e agora estava ali pensando como chegar ao pouso em Copacabana, que lhe indicaram. Era sua primeira viagem ao Rio.
Venderia as castanhas em retalho aos banhistas na praia. Achava que daria para ganhar algum dinheiro, pois trouxera farinha seca e jabá desfiada para 15 dias.  Comprara a passagem nesses promoções inacreditáveis que as companhias aéreas, de quando em quando, oferecem. E partiu para a aventura.
Nesse momento, chegou meu amigo que me apoia quando vou ao Rio.
Eu e Olga demos uma carona ao rapaz e ganhamos um amigo, com o qual tenho mantido contato. Ele vendeu suas castanhas, ganhou dinheiro, retornou à sua Itabaiana, e deve, logo que resolva assuntos pessoais, partir para uma nova aventura. Em minha cabeça, vejo-o no aeroporto de Buenos Aires, de Porto Alegre, ou na rodoviária Presidente Prudente pegando um ônibus para o Paraguai para resgatar seu pai doente em um local ignorado, com o fez  Zé de Ulisses. Oh, desculpe! Acho que estou envolvendo em seu belo romance o vendedor de castanha que conheci. Para homens assim determinados há sempre um destino promissor”.

Disse mais coisas boas sobre Pássaros do Entardecer...    

Xxx

O que o pobre autor que pouca gente lê, pode dizer em um momento desses?
Só consegui gaguejar: “Muito obrigado. Fale de meus livros a seus amigos para eles se interessarem em ler também”.
Eu sei que João Gomes e Olga Barreto (essa minha professora de geografia no colégio Arquidiocesano nos idos de 1963 (por aí)) atenderão o meu pedido.
E sinto que você, que agora está lendo essa notinha, achará um jeito de ler também, pelo menos, Pássaros do Entardecer.   

(Por Antônio Saracura, Aracaju, 2019dez20)


O escritor Welis Couto fala bem

PÁSSAROS DO ENTARDECER

(por Welis Couto)


















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)






O título é instigante e poderia nos remeter às aves migratórias ou seria uma revoada para alguma árvore frondosa em final de tarde? A dúvida se desfaz logo nas primeiras linhas. Pássaros do entardece é ave de arribação sem rumo e sem destino. Ou melhor, com rumo certo em direção a São Paulo, mas com destino bastante incerto e conturbado; porém, com uma única certeza: a esperança do
retorno ao ninho de origem.



Antônio FJ Saracura nos conduz a essa epopeia do povo de Itabaiana, cidade do interior sergipano, mais precisamente, a história de um destemido Zé de Ulisses, determinado a vencer na vida, com um olho em São Paulo, mas com os pés fincados em Terra Vermelha.

A prosa leve de Antônio FJ Saracura garante o prazer da leitura das quase 300 páginas de Pássaros do Entardecer. Uma leitura muitas vezes entremeada com trechos líricos, outras vezes tensos ou divertidos.

O escritor, que relata ter começado tarde sua labuta no caminho da literatura, já nasceu pronto. A leitura é fluida e cativante prendendo o leitor desde as primeiras linhas. A história nos conduz a um Brasil dividido entre a riqueza e a pobreza, o luxo e a esperança, a força dos que mandam e a determinação dos que lutam. Mas, há também aqueles que se solidarizam com os retirantes.

Os embates nas terras roxas, os romances de beira de estrada nas intermináveis viagens e o amor, que poderia ser para sempre, roubado na colheita do algodão não passam despercebidos pelo autor. Aliás, que lugar seria mais propício para se roubar uma amada que o reservado para os finos fios brancos do
algodão onde se formaria a tessitura de uma longa existência?

Pássaros do Entardecer é livro para ser lido em único fôlego e pode desde já ser elevado à categoria dos consagrados porque terá vida longa, assim como a tem Zé de Ulisses, o protagonista dessa história.

(Welis, escritor, Monlevade, MG)

SILVANA MENDONÇA GOSTOU


SILVANA MENDONÇA GOSTOU


















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)









(WSAP 2019SET27)

Terminei de ler o romance Pássaros do entardecer. Se vcs soubessem o quanto é bom não perderiam tempo. Garanto que foi o melhor de todos de Saracura. Eu achei o melhor. O personagem principal, com sua memória de elefante, me deixou até curiosa pra conhecê-lo. E não acredito que seja ficção. Acreditei mesmo. Sei que o autor teve seu jogo de cintura. Uma concisão impressionante.

Parabéns, Saracura!
Quero mais! 


REINAM ROSA FALA DE BEM


REINAM ROSA FALA DE PÁSSAROS DO ENTARDECER



















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)





Caixa de entrada Antônio Francisco de Jesus Saracura <afjsaracura@gmail.com>
17:01 (há 4 horas) para eu:


“Pássaros do entardecer é uma obra fantástica e realista, obra essa, onde acredito não existir um único nordestino, tenha sido ele um retirante ou não, que não tenha uma grande identificação e não se veja dentro dessa odisseia do sertão e deixe levar seus pensamentos neste magnífico relato. A obra retrata com detalhes toda a saga do nosso povo, nossas esperanças, nossos sofrimentos, nossas lutas, nossas derrotas e conquistas, sempre na busca pela sobrevivência. Parabéns amigo saracura! você é um gênio que nos orgulha.”

(Reinam Rosa, Cristinápolis)

Ramiro Pereira fala bem


RAMIRO PEREIRA E PÁSSAROS DO ENTARDECER



















(Foto de divulgação do acervo de O Escritor na Livraria)






(EM 2019NOV12)


Caixa de entrada x Antônio Francisco de Jesus Saracura <afjsaracura@gmail.com>

ter., 12 de nov. 08:34 (há 1 dia)                

"Estou bem arrombado com tanto escritor na família. Bastava o Omerin!!!"
Fantástico, li direto. Me senti na minha "Gameleiras ". Já estou esperando o próximo.
Abraços.

Ramiro Pereira (Brasília, DF) 

VIRMAM FALA SOBRE PÁSSAROS


VIRMAN FALA DE PÁSSAROS


















(Foto ilustrativa do acervo de 
O Escritor na Livraria) 







Tobias Barreto, 07 de outubro de 2019

Olá, Amigo Saracura,

Creio que agora, passadas as tribulações da Bienal, já poderá ler meu pequeno comentário sobre sua mais recente grande obra. Parabéns. Você, realmente, como quem não quer nada, vai mexendo com os sentimentos alheios, não lhe importando se faz rir ou chorar, não é? Mais uma vez, senti-me envolvido na trama dos seus personagens que, num tempo próximo ao meu, correram caminhos por onde passei e sofreram sofrências semelhantes. Estou certo de que você, tal qual Zé de Ulisses, venderá sua "farinha" com muita facilidade, pois ela é, de fato, de excelente qualidade.  

Um grande abraço de Vírman:

PÁSSAROS DO ENTARDECER! Chegou! Eram dezessete horas e vinte e três minutos de dois de outubro. Tomei-o e comecei a lamber pelas beiradas: a capa, a contracapa, as orelhas, o sumário... O pau-de-arara cheio, encimado pelo urubu cabeça vermelha; um resumo da epopeia, excertos do romance e comentários sobre os livros do autor.

Eu já tinha certeza de que iria gostar, como gostei dos anteriores. Mas não iria cometer o mesmo desatino que cometera, quando li os demais. Na minha ânsia de ler tudo de vez, esquecera que o melhor da refeição é o mastigar vagarosamente com os maxilares e deixar que, através da deglutição lenta, desça o bolo alimentar pela faringe, em forma de pasta, para lhe sentir todo o sabor.  Desta vez, não. Iria jantar, rezar o terço de N. Senhora e acompanhar a missa de N. Senhor pela televisão e, aí, sim, ir ao Sumário, onde encontraria cento e quinze títulos, cada qual mais gostoso de se ler, contando as “sofrências” de Zé de Ulisses, deste próprio e de Omerin.
Zé de Ulisses, principal personagem do romance, tal qual urubu de cabeça vermelha, com olfato e visão ultra desenvolvidos, descobria meios de sobrevivência até em mata fechada. Não levara siringe – órgão vocalizador – para que ninguém lhe ouvisse os “ais” da fome, do frio e do cansaço sofridos. Queria vencer para chegar na terrinha como herói. Entre idas e vindas chegou e, como verdadeiro herói, criou dez filhos, ensinando-lhes o caminho certo do trabalho e da decência. 
Sua leitura, recordou-me os tempos de migrante, quando passei uma semana na carroceria de “Céu Azul”, na década de quarenta, viajando do Bandeira, em Itororó – “no Sul” - para os “Campos de seu Thomé”, quando vi a suçuarana, de noite, comendo os ossos de galinha, jogados de cima do carro pelos passageiros. Fez-me também voltar à memória minhas “migrâncias” por Presidente Prudente, Presidente Epitácio, Guaíra, Foz de Iguaçu e até Assunção, onde estive em 1960. Mas aí já era passeio.

A leitura de “Pássaros do entardecer” levou-me a um estado de nostalgia que eu não sabia explicar se era tristeza ou saudade gostosa ou ambas “juntas e misturadas”. Tal qual Zé de Ulisses, o sonho de voltar para “minha Terra Vermelha” rondava minha cabeça. Por mais que parecessem vantajosas as perspectivas casamenteiras com alguma fazendeira de Corumbá, maior era a vontade de retornar à minha Campos, livre e desimpedido de “bagagem” para ter liberdade de escolha.

Mais uma vez, não adiantou querer dominar-me e mastigar com vagar. Os textos de “Pássaros do entardecer” – por pequenos e pela arte com que são escritos - são um convite para ler-se o seguinte, assim que se termina o anterior. Desta forma, senti-me envolvido por uma simbiose de sentimentos alegres e tristes – mais alegria que tristeza – levando-me, de uma assentada, à página 181 e no dia seguinte...
pronto, acabei.

(Vírman, Tobias Barreto/SE, 2019).

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(Saracura responde o email:

Amigo Virman,

Quem me dera ter mais leitores como você, meu irmão! Que não deixa o livro dormir, que sofregamente o absorve, que se deixa envolver, que se entrega e que lambe os beiços ao final, querendo mais ainda. Esse finzinho eu abusei, pois não chegou a tanto. Mas poderia muito bem ter chegado, pelas 181 páginas devorados de uma assentada e as outras 113 de outra. Nessa nossa idade, ninguém faz o que você fez sem justo motivo.

Obrigado, por mais essa força e esse prêmio que sua resenha me dá. 

Estou aqui comemorando vitória, fazendo uma festa dentro de mim, aproveitando porque não é sempre que ocorre.  Um cabrinha escaldado de cocorote, estranha e fica mesmo abestalhado e só lhe sai da boca obrigados e obrigados, que são pedaços da gratidão que toma conta de mim.

Um grande abraço, Saracura, em 2019out07.


EDVAR FREIRE RECOMENDA

EDVAR FREIRE RECOMENDA 


















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria) 





(Publicada em O Cinform de 07 de outubro de 2019, na coluna.
Li e Recomendo):

Com meus escassos conhecimentos de literatura, permito-me afirmar que Antônio Saracura atingiu a maturidade na arte de escrever. Não sei por que essa leitura me fez associar “Pássaros do entardecer” ao romance de reconhecimento mundial “Almas mortas”, do russo Nikolay Gogol um dos mais consagrados de todos os tempos.



Reportei-me ao russo pela simplicidade em descrever, de forma cinematográfica, lugares, cenas e personagens que quase conseguimos ver e sentir. Vejo aí a maturidade do escritor itabaianense debulhando na pena as aventuras de um homem comum, Zé de Ulisses, que decidiu conhecer o mundo que separava a sua Terra Vermelha do sonho de enricar em São Paulo, por décadas agarrado ao seu inseparável “caixão de europas” (Sua mala).

Nesse livro, querida leitora ou caro leitor, você vai viajar por dias e noites sem fim em pau-de-arara, por 4, 5, 6 dias de poeira, calor e frio até chegar no Eldorado de quase todos os nordestinos, São Paulo dos idos de 1950, 60, 70...

O casamento de Zé de Ulisses, com Zilda, companheira de fortunas e infortúnios, seus 9 ou 10 filhos, o reencontro com um filho que não conhecia, que apareceu décadas depois, fruto de uma aventura em uma viagem de pau-de-arara de São Paulo para Sergipe, quando namorou uma alagoanazinha. Por ela o nosso herói correu risco de morrer por vingança.

Devaneios, conquistas, perdas, riscos, tudo entranhado com histórias amor e amizade, acertos de contas, traições... O personagem Omerin, poeta cordelista, sonhador incorrigível que encontra o amor de sua musa, a inatingível Branca, por conta de uma novilha parida e endiabrada que, estranhamente, permitiu que o poeta se aproximasse, acarinhasse e esvaziasse seus peitos doloridos.

O retorno de Zé de Ulisses para sua querida Itabaiana, o pioneirismo como primeiro plantador de batata inglesa em Sergipe, trazendo sementes de Santa Catarina, depois do Rio Grande do Sul, em incontáveis viagens de caminhão.

No crepúsculo dos seus anos, reencontros inimagináveis com companheiros de mocidade, a entrega do velho “caixão de europas” para a Casa de Cultura Nordestina, na Rua Sergipe, em São Paulo, criada por um pássaro de migração, seu amigo dos tempos de aventura, quando plantava roças de mandioca desbravando matas entre São Paulo e Paraná.

Pássaros do entardecer, um livro que você lê e fica com saudades: Li & Recomendo

(Edvar Freire)

NEUSA VIEIRA LIMA STEINBACH FAZ RESENHA


NEUSA VIEIRA LIMA FAZ RESENHA 

















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria)







(2019nov08).

Depois de um tempo longe, mas não distante, volto hoje a escrever para amigas e amigos e a um amigo em especial, Antônio Francisco Saracura.

Não sou crítica de literatura. Literatura tem de mexer com o tempo; de fazê-lo palpável, presente, feito de assombrações diáfanas, no preenchimento de espaços não vividos, nos convidando à viagem pelas mesmas estradas a serem descobertas pelo "Pássaros do Entardecer".
Amigo Saracura, seu livro, "Pássaros do Entardecer," vem ratificar todo mistério do que é ser verdadeiramente escritor. Ser escritor é saber ver tempos, cheirá-los, misturar-se a sua poeira, vestir-se das roupas dos seus personagens se remendadas ou não; amaldiçoar Sol em céu sem nuvem; aplaudir enchentes na derrubação de casas feitas a sopapo; contemplar de cócoras, a brotação da semente que vingou; pegar, sem medo, mala das oropas no enfrentamento do desconhecido.

Obrigada, por me apresentar a Zé de Ulisses e ao cordelista Omerin. Não sei se percebeu, mas tem muito dos dois em você: do Zé de Ulisses carrega a inquietação emaranhada na alma de escritor; do Omerin a descoberta da palavra que acomoda todo o mundo em parágrafos enfeitados por períodos.

 Louvo o Pai. Louvo o Filho. Louvo Antônio Francisco de Jesus Saracura, pela ponga permitida nesse caminhão de Pássaros do Entardecer, que me fez mais saber dos filhos da Terra Vermelha que, se não tivessem a comichão desses pássaros abrindo asas ao sol depois da farinha feita, não seria Itabaiana, a Cidade dos Caminhoneiros.

Amigas e amigos de Itabaiana e arredores, o "Pássaros do Entardecer" faz de vocês o ponto de chegada. Vamos recebê-lo com agradecimento e aplauso ao grande escritor da nossa terra, Antônio Saracura.

(Neusa Vieira Lima: “Carta a minha mãe que não sabia ler” e  “Não é hora de correr para a caverna”).

NANDINHO DE SIZINO ME LIGOU


2019OUT03 NANDINHO DE SIZINO ME LIGOU



















(Foto ilustrativa do acervo de O Escritor na Livraria







Sizenando de Sizino me ligou ontem à noite e eu estava na Escariz conversando com um leitor. Atendi e disse que daria retorno e não dei, esqueci.
Hoje pela manhã, um minuto após as oito, o telefone toca e era Nandinho. Pedi desculpas pela broquice da véspera.

xxx


“Acabei de ler seu romance Pássaros do Entardecer”, é uma obra prima. Do mesmo nível dos anteriores mas ainda melhor. Li devagar para apreciar um pouco mais cada página. Pelo meu gosto, todo mundo leria, que é um romance que dignifica Itabaiana e seu povo. E o mundo todo”

xxx

Agradeci mil vezes. E ela não deixava, dizendo que ele é que agradecia pelo livro e pela obra sobre Itabaiana que escrevo.  

JERÔNIMO PEIXOTO FALA DE PÁSSAROS


JERÔNIMO PEIXOTO FALA DE PÁSSAROS















(Foto ilustrativa do acervo de 
O Escritor na Livraria)

(Publicado no wsap em 2019de29)





Meu Caro e Nobre Tabaréu,

Estava em dívida com o amigo, confesso, por não manifestar uma opinião sobre os PÁSSAROS DO ENTARDECER.

Ei-la:


Sem desmerecer as demais obras todas de alto gabarito, PÁSSAROS do ENTARDECER apresenta um escritor catedrático, maduro, com excelente carga de concatenação entre os capítulos, com uma dose certa de drama, sensualidade, lirismo, comédia, com delimitações geográficas precisas.


O autor criou Zé de Ulisses, fazendo dele um desbravador de aventuras, embora honesto e ordeiro, com um tom de ensimesmado de quem faz o melhor.
Os deslizes do genitor fazem-se moderadamente presentes em sua inquietação de ir e vir.
As idas e vindas de Zé de Ulisses eram por enfrentamento das dificuldades, e as de seu pai, por gostos aventureiros outros, afeitos à boemia e ao desfrute.
Omerin, um grande poeta, embora rudemente analfabeto, representou muito bem a variedade sem fim dos cantadores, apoiadores e versejadores, poetas portas de mão cheia (lembrei-me de Jerônimo Peixoto, de Basto), que infelizmente não têm a mesma sorte do meio irmão do protagonista.

As agruras do Campo, no solo itabaianense ou nas plagas do Sudeste e do Sul, são contempladas com um realismo destemido. Não é fácil comer extraindo o alimento da Mãe terra. Só os grandes exploradores obtêm sucesso nesse ramo.
A urdidura do texto, com início, meio e fim, dá amostra de que Itabaiana pariu mais um ilustre romancista, com stricto sensu.
Parabéns!
Fiquei de queixo caído!
Avante!
Feliz Ano Novo!

(por Jerônimo Peixoto, escritor itabaianenses).  

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(Resposta pelo autor no wsap):

"Epa! Você não me devia nada e pagou um caminhão cheio de fortuna literária. E não vou devolver. Agora vou usufruir, pois é minha. Obrigado, Gerônimo, pela gentileza e bondade (lendo, avaliando e escrevendo considerações) em falar bem de Pássaros do Entardecer. Estou aqui de olhos molhados e coração apertado, com vontade de sair de porta em porta dizendo que valeu a pena todo o trabalho de escrever o livro e que todo mundo deveria ler.

Um grande abraço extensivo à esposa, filhos e a essa admirável tribo Peixoto. Bom ano novo!

Tonho Saracura


Enviado do meu iP

EUNICE GUIMARÃES FALA DE PÁSSAROS


EUNICE GUIMARÃES FALA DE PÁSSAROS 


















 (Foto ilustrativa  do acervo de  O Escritor na Livraria)



(wsap em 2019out03):
         


Parabéns! Amei o seu romance " Pássaros do entardecer". Livro de uma leitura agradabilíssima, daqueles que você começa e não quer   parar. Viajei com " Zé de Ulisses"...”


Saracura respondeu: “Bom dia, Eunice. Este é o grande prêmio ao escritor: o retorno do leitor. E quanto o retorno é assim como o seu, dá vontade de sorrir, chorar, gritar de contentamento. De nitrir sem parar e esponjar-se pelo chão, pois sou um cavalo acostumado a pouco afago.
Como é bom poder conviver com pessoas como você, Eunice. Muito obrigado.

Conte que você gostou, por aí. Preciso muito que outras pessoas queiram ler também.”


CLEIBER VIEIRA FAZ RESENHA


CLEIBER VIEIRA FALA DE PÁSSAROS 

















(foto ilustrativa do acerco de 
O Escritor na Livraria) 





Pássaros do entardecer, a mais recente obra do contista, ficcionista e romancista Antônio Francisco de Jesus Saracura, traz sonoridade expressiva e belíssimas figuras de linguagem, cujo universalismo revela os costumes do povo da zona rural de Itabaiana, em um estilo universal. 

Carrega no seu bojo, aspectos do realismo, e costumes e conflitos, afirmando a supremacia dos fenômenos objetivos e sobre as experiências subjetivas do homem da microrregião do agreste sergipano, penetrando na estrutura essencial das personagens, tendo como alicerce obras de escritores do século XIX, a exemplo do russo Nikolai Gogol, do francês Gustave Flaubert e ainda do realismo kafkiano, romancista e não filosófico, guardando-se o abissal distanciamento. Talvez tudo isso se apresente ao escritor inconscientemente, ainda que seja lembranças de leituras e vivências passadas.

No Brasil, o principal representante do realismo foi o poeta e romancista Machado de Assis. Nele o realismo realizou-se com perfeição, principalmente em memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). O outro, mais recente, é Graciliano Ramos, que fez opção crítica pelo realismo e pela tradição clássica da língua portuguesa.  

Saracura torna-se, com esta obra, o mais importante representante da estética realística da atual literatura sergipana por nos mostrar em sua obra como um todo, alegorias religiosas, psicológicas, sociológicas e políticas fortes. Recomendo a leitura.

Meu abraço e meu respeito!

(Cleiber Vieira é presidente da Associação Sergipana de Imprensa e da Academia Maçônica Sergipana de Letras Ciências e Letras).