JANDIRA VIERA LEU E
GOSTOU
Logo que entrei pela portaria da
Academia hoje, para a tradicional reunião das 15 horas das segundas-feiras,
Martha, a secretária, estava me esperando (ou coincidiu de estar passando à
minha frente) sorridente. “Estávamos comentando Pássaros do Entardecer, mas que
livro bom!”. E apontou um grupo de frequentadores da reunião que, já às 14:30,
estava de prontidão, sentado na sala de espera. Entre eles, Expedito Souza,
Clea Brandão e Jandira Vieira. Jandira olhava-me festiva e sentei-me à sua
frente e ela repetiu o que a secretária me falara, acrescentando:
(Foto ilustrativa; um leitor (seria Cezar da boneca Genoveva), a quem mando um abraço)
Zé de Ulisses é irretocável. Obstinado na sua missão apesar de mil
montanhas a mover. Tentou retornar à sua Ítaca (Itabaiana) até conseguir. E
ainda estaria tentando se não tivesse conseguido antes. Onde você conseguiu
este herói singular, invencível?
E Omerin é belo na sua simplicidade e pureza. O amor pode ter mil
nuances entre duas pessoas sem nem sequer passar pelo sexo. Também entre dois
homens.
Ri muito de sua frustração ao enfrentar São Paulo como fizera o irmão que
aluminava seu céu. O paraíso não chega para o bico de todos. Deus me defenda de me encontrar com aqueles corinthianos
malvados. Kkkk. E Maria Clara (a Penélope agresteira, apenas no pensamento de
Zé): não soube esperar o seu Ulisses, que nem era dela realmente (inesquecível,
lírico). E Creuza das tábuas duras do pau de arara ou Zilda (um botão de flor)
do algodoal imenso: humanas e reais.
Eu me acordava noite alta e corria ler mais um pouquinho de Pássaros do
Entardecer. Parabéns, Saracura, seus livros me fazem bem demais. Recomendo,
recomendo, recomendo! Leiam agora, Pássaros do Entardecer!”
xxx
Foi o que entendi do que falou a
professora Jandira Vieira, na presença de um grupo de confrades e confreiras da
Academia Sergipana de Letras. Talvez ela não tenha usado as palavras que usei
acima. Não posso dar garantias que usou, pois nem me lembrei de ligar o
gravador do celular e minha memória de 74 anos não é mais a mesma dos 21. Perdoem-me
as testemunhas e a própria Jandira (que amiga bondosa!) se eu puxei mais brasa
para minha sardinha. Posso ter puxado.
(Aracaju, 2020JAN20, Antônio
Saracura)

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