segunda-feira, 30 de março de 2020

JANDIRA VIERA LEU E GOSTOU

JANDIRA VIERA LEU E GOSTOU


Logo que entrei pela portaria da Academia hoje, para a tradicional reunião das 15 horas das segundas-feiras, Martha, a secretária, estava me esperando (ou coincidiu de estar passando à minha frente) sorridente. “Estávamos comentando Pássaros do Entardecer, mas que livro bom!”. E apontou um grupo de frequentadores da reunião que, já às 14:30, estava de prontidão, sentado na sala de espera. Entre eles, Expedito Souza, Clea Brandão e Jandira Vieira. Jandira olhava-me festiva e sentei-me à sua frente e ela repetiu o que a secretária me falara, acrescentando:




(Foto ilustrativa; um leitor (seria Cezar da boneca Genoveva), a quem mando um abraço) 




“Li Pássaros do Entardecer é considero um dos melhores que já li. Aliás gostei (guardo-os em casa com carinho) de todos os seus sete livros, incluindo, com destaque, Pássaros.

Zé de Ulisses é irretocável. Obstinado na sua missão apesar de mil montanhas a mover. Tentou retornar à sua Ítaca (Itabaiana) até conseguir. E ainda estaria tentando se não tivesse conseguido antes. Onde você conseguiu este herói singular, invencível?

E Omerin é belo na sua simplicidade e pureza. O amor pode ter mil nuances entre duas pessoas sem nem sequer passar pelo sexo. Também entre dois homens.

Ri muito de sua frustração ao enfrentar São Paulo como fizera o irmão que aluminava seu céu. O paraíso não chega para o bico de todos.  Deus me defenda de me encontrar com aqueles corinthianos malvados. Kkkk. E Maria Clara (a Penélope agresteira, apenas no pensamento de Zé): não soube esperar o seu Ulisses, que nem era dela realmente (inesquecível, lírico). E Creuza das tábuas duras do pau de arara ou Zilda (um botão de flor) do algodoal imenso: humanas e reais.

Eu me acordava noite alta e corria ler mais um pouquinho de Pássaros do Entardecer. Parabéns, Saracura, seus livros me fazem bem demais. Recomendo, recomendo, recomendo! Leiam agora, Pássaros do Entardecer!”

xxx

Foi o que entendi do que falou a professora Jandira Vieira, na presença de um grupo de confrades e confreiras da Academia Sergipana de Letras. Talvez ela não tenha usado as palavras que usei acima. Não posso dar garantias que usou, pois nem me lembrei de ligar o gravador do celular e minha memória de 74 anos não é mais a mesma dos 21. Perdoem-me as testemunhas e a própria Jandira (que amiga bondosa!) se eu puxei mais brasa para minha sardinha. Posso ter puxado.

(Aracaju, 2020JAN20, Antônio Saracura)


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